segunda-feira, 30 de maio de 2011

HOMENAGEM A FERNANDO PESSOA


Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888. Passou parte da infância e adolescência na África do Sul. Por ter uma personalidade multifacetada, criou heterônimos, entre eles Alberto Caieiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, além de várias personalidades literárias.
Sua dificuldade de lidar com o seu Eu, o fazia ser outro Eu e, com esta personalidade e genialidade, escrevia com a alma e estilo como não sendo seus, e assumia as publicações como se outro fosse, e assim assinava. Todas as personalidades a ele pertenciam mesmo que negasse não reconhecê-las suas.
É inconcebível que uma mente prodigiosa como a de Fernando Pessoa tenha passado pela vida sem o reconhecimento em seu próprio país e, só após sua morte, terem sido descobertas milhares de poesias originais datilografadas ou manuscritas e só um livro de versos publicado.
A curiosidade e a profundidade de suas obras levaram-me à exposição no Centro Cultural dos Correios e, maravilhada diante de tanta poesia por mim desconhecida, deixei-me mergulhar no interior de “suas almas” de poeta e por elas me apaixonei perdidamente.
Exposição linda, primorosa, filmes antigos com fundo onde a poesia se confundia com a música, aos meus ouvidos. Poesia e livros digitalizados acompanhando uma nova era, mas por ele não vivida.
Passei horas sob o efeito da alma do poeta, que mesmo facetada em diversos autores, tinha apenas um nome: FERNANDO PESSOA.
E para terminar deixo a vocês do Livro do Desassossego uma pequena amostra deste gênio da Literatura que, ao escrever, assumia as almas que lhe eram desconhecidas, mas que continha toda a luz de um grande poeta.

“Nunca amamos alguém
Amamos, tão somente
A ideia que fazemos de alguém.
É um conceito nosso – em suma,
É a nós mesmos que amamos”.

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