Sua dificuldade de lidar com o seu Eu, o fazia ser outro Eu e, com esta personalidade e genialidade, escrevia com a alma e estilo como não sendo seus, e assumia as publicações como se outro fosse, e assim assinava. Todas as personalidades a ele pertenciam mesmo que negasse não reconhecê-las suas.
É inconcebível que uma mente prodigiosa como a de Fernando Pessoa tenha passado pela vida sem o reconhecimento em seu próprio país e, só após sua morte, terem sido descobertas milhares de poesias originais datilografadas ou manuscritas e só um livro de versos publicado.
A curiosidade e a profundidade de suas obras levaram-me à exposição no Centro Cultural dos Correios e, maravilhada diante de tanta poesia por mim desconhecida, deixei-me mergulhar no interior de “suas almas” de poeta e por elas me apaixonei perdidamente.
Exposição linda, primorosa, filmes antigos com fundo onde a poesia se confundia com a música, aos meus ouvidos. Poesia e livros digitalizados acompanhando uma nova era, mas por ele não vivida.
Passei horas sob o efeito da alma do poeta, que mesmo facetada em diversos autores, tinha apenas um nome: FERNANDO PESSOA.
E para terminar deixo a vocês do Livro do Desassossego uma pequena amostra deste gênio da Literatura que, ao escrever, assumia as almas que lhe eram desconhecidas, mas que continha toda a luz de um grande poeta.
“Nunca amamos alguém
Amamos, tão somente
A ideia que fazemos de alguém.
É um conceito nosso – em suma,
É a nós mesmos que amamos”.
Parabens pelo blog !
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