domingo, 19 de junho de 2011

Dar um tempo

                                       
         Quando se pede um tempo é porque não há mais tempo para se dar. É o tempo que acaba, é o tempo que se deixou passar... sem se viver. É o tempo do tempo que não se conseguiu controlar. É roubar o tempo que se foi.
         Quando as palavras dizem o que não deve ser dito, o silêncio se faz necessário. A pausa da fala se torna imprescindível, mas... como é difícil doar o silêncio.
         Tão mais verdadeiro é buscar em si o sentimento perdido ou escondido e só então, com gestos, olhares ou palavras, decidir o tempo do recomeço ou do fim.
         Na ausência do amor servem o respeito e a amizade.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Quem sou


Não quero ser mais do que sou
Quero sim, ser tudo o que sou
Não quero ser santa na busca da paz
Quero ser tudo o que potencialmente posso ser
Não quero fugir do mundo real
Quero ser responsável por quem sou,
pelos meus atos e meus pensamentos

domingo, 5 de junho de 2011

O DESENCONTRO

        -Posso te conhecer? Estou à procura de novos amigos, de encontrar pessoas interessantes para com elas falar.
            -Interessante, também procuro amigos encontrar alguém com quem possa me identificar.
            E assim, dois solitários, um que precisava preencher seus momentos de ócio e outra, seus momentos de solidão começaram um bate-papo, através da Internet e, aos poucos, descobrindo afinidades mútuas sentiram necessidade de transformar a relação online de virtual a real.
            Marcaram de tomar um café na lanchonete da esquina de onde ela morava e, ao se verem notaram que havia um sinal, que aos dois era comum e que os tornava só um.
            Tinham tanto a falar, tanto a se conhecer que, os cafés esquecidos só com o olhar se entenderam. Um leve tocar das mãos, um choque logo se deu e, sem entenderem o que acontecia, sentiram que novamente queriam se ver.
            De tão intensa vontade, novos encontros surgiram e, através de ditos e mal ditos se foram descobrindo. Um era casado e queria, sem deixar a segurança do lar, buscar algo que o completasse e o fizesse mais feliz. Ela, viúva de um relacionamento feliz, procurava um amigo para trocar amenidades e talvez um companheiro para preencher momentos do seu dia-a-dia.
            E de muitos encontros vieram os desencontros. Tantos problemas surgiram... tanto carinho escondido....tantas perguntas esquecidas.
            Aquele sentimento tão forte, que com tanta força os unia, aos poucos foi se apagando, guardando apenas a lembrança de um sinal indelével, que num aceno de mão transformou-se, apenas... num triste e doloroso Adeus.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Que Tempo ?

O tempo sempre o tempo...
O tempo de se cativar alguém...
O tempo de se criar laços...
O tempo para se sentir falta...
O tempo da necessidade...
O tempo da descoberta...
O tempo do Esquecimento.